Geografia  

Ano bissexto

Por que a cada 4 anos fevereiro tem 29 dias?

Da Redação (JornalUol)
Em São Paulo

Você já deve ter notado que, de quatro em quatro anos, o mês de fevereiro ganha um dia a mais -passa de 28 para 29 dias-, e é claro que há uma boa razão para isso. O sistema que usamos para contar o tempo é o calendário gregoriano, que surgiu com base em outros calendários inspirados no movimento de rotação da Terra. Uma volta do planeta em torno do seu eixo equivale a um dia, e uma volta da Terra em torno do Sol equivale a um ano.

Para girar em torno de si mesmo, nosso planeta demora 24 horas. Já para dar uma volta completa em torno do Sol, a Terra demora exatamente 365 dias, 6 horas, 41 minutos e 59 segundos. Por isso nosso ano tem 365 dias, divididos em 12 meses. Mas a adoção deste sistema de contagem de tempo trouxe um problema: o que fazer com as 6 horas, 41 minutos e 59 segundos que sobravam?

Foram os egípcios de Alexandria que, há mais de 2.200 anos, tiveram a idéia de, a cada quatro anos, adicionar um dia a mais ao calendário, para compensar as seis horas restantes (deixaram para lá os 41 minutos e 59 segundos).

Faça as contas:
6 horas do 1º ano + 6 horas do 2º
+ 6 horas do 3º + 6 horas do 4º ano = 24 horas

Dá um dia certinho, que a cada quatro anos aparece na folhinha como o dia 29 do mês de fevereiro.

Por que o nome bissexto?

O imperador romano Júlio César trouxe a idéia do ano bissexto para o ocidente. Ele até importou um astrônomo para elaborar o novo calendário: o grego Sosígenes. Sosígenes só não sabia em que parte do ano colocar o dia que estava sobrando. Júlio César ordenou que ele fosse "o dia sexto antes das calendas de março". Em latim, isso seria dito assim: "bis sextum ante diem calendas martii".

Há outras formas de contar o tempo

Existem outras maneiras de contar o tempo. Os chineses, por exemplo, baseiam seu calendário nos movimentos da Lua e dividem o tempo em ciclos de 60 anos. Mas o calendário gregoriano é o que foi escolhido para ser universal, reconhecido por todos os países.

 

 

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Gosta de mapas e precisa de uma fonte confiável para fazer suas pesquisas escolares?

 

Então acesse o Atlas Geográfico Escolar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão oficial do governo, que oferece um conteúdo apropriado para jovens estudantes. Nesse link você encontra mapas com a divisão político-administrativa de todos os estados brasileiros, além de mapas sobre hidrovias, população, densidades demográficas e parques e reservas indígenas, entre outros temas.

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Construa o seu pedaço de rio

Ricardo Falzetta

Construa o seu pedaço de rio
Em dez dias você consegue ter a maquete pronta para ser usada em sala de aula

O material
Caixote de madeira, saco plástico de lixo, garrafa de refrigerante, tesoura, fita crepe, terra de jardim e sementes de alpiste e mostarda.



Use o saco plástico para forrar a caixa e prenda suas extremidades com fita crepe.


Com a ajuda da tesoura, faça furos no plástico. Eles servirão para o escoamento do excesso de água.


Distribua a terra pelas duas laterais, deixando as bordas mais elevadas e formando rampas em direção ao leito.

Recorte a garrafa, obtendo duas calhas. Coloque-as na caixa, formando o leito do rio. Use um papel branco por baixo para facilitar a visualização.

A erosão
Plante sementes de alpiste e de mostarda numa das margens espalhando-as pela superfície.

Mantenha a maquete em um local que receba luz do sol e molhe diariamente com um borrifador.

Ao final de dez dias as sementes terão germinado e será possível observar que a terra se mantém firme no lado plantado.

Do lado “desmatado”, a imitação de chuva levará aos poucos a terra para o leito do rio, processo semelhante a um assoreamento verdadeiro.

 

 

Aquecimento global

Aquecimento global
Para piorar a situação, o efeito estufa, que vem se acentuando nos últimos anos, deverá agravar o processo nas próximas décadas. Segundo o meteorologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o aquecimento global vai tornar as secas e as chuvas mais intensas nas regiões semi-áridas. Isto é, vai chover menos, mas quando isso ocorrer as precipitações serão mais fortes. "São justamente as condições que, aliadas à ação do homem, aceleram o processo de desertificação", diz. "Por isso, a tendência é de agravamento desse quadro."

As causas do fenômeno são várias. Entre elas, o uso inadequado das terras é uma das principais. "Normalmente, a falta de planejamento na ocupação do solo conduz à sobrecarga do meio ambiente, levando à degradação da terra e de outros recursos naturais, como a água e as florestas", explica o engenheiro agrônomo Luciano Accioly, da Embrapa Solos de Recife, uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Segundo ele, no nordeste, o uso para fins de agricultura e pecuária da região do semi-árido ocorre, na grande maioria dos casos, sem a utilização de tecnologias que reduzem, substancialmente, a perda de terras aráveis. "Dessa forma, as pastagens em geral têm mais gado do que poderiam suportar, levando ao sobrepastoreio, que prejudica o local", diz.

Além disso, algumas culturas, como algodão e milho, têm sido implantadas com o emprego de métodos que agravam o problema. "Práticas como a irrigação, que têm um elevado custo para o agricultor ou para o governo e que podem representar uma saída para a produção agrícola no nordeste, são utilizadas de forma inadequada, gerando a salinização de terras agricultáveis, que é, também, uma das causas da desertificação", alerta Lima. "O custo de recuperação de áreas com altos teores de salinidade pode ser maior do que o da irrigação. Portanto, uma vez salinizadas, essas terras são abandonadas."

Para o geógrafo João Osvaldo Rodrigues Nunes, do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia, do campus de Presidente Prudente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), essa situação decorre da ação humana sobre as paisagens com tendência a virar deserto. "A partir desse aspecto, que serve de catalisador do processo, podem-se destacar algumas causas específicas", explica. "Entre elas, a implantação inapropriada de técnicas de uso intensivo de implementos agrícolas, com base na monocultura, sobre ambientes ecologicamente frágeis; atividades de mineração intensiva sem técnicas de controle das drenagens superficiais com excessivo revolvimento das coberturas; o uso intensivo de solos com textura arenosa em ambientes semi-áridos; e a redução da biomassa por meio do desmatamento em cabeceiras de drenagem e matas ciliares, em áreas de preservação permanente."

Solo pobre
A desertificação não é o único processo, no entanto, que torna improdutivas vastas áreas. Existem grandes espaços aparentemente sem sinal de vida ou água, mas que não se enquadram na categoria de deserto. São os chamados areais ou regiões de arenização, que no Brasil aparecem no Rio Grande do Sul e na região centro-oeste. Sua origem remonta a 200 milhões de anos, quando a maior parte do centro-sul brasileiro era um imenso deserto. Hoje, essa área é conhecida geologicamente como formação Botucatu – um solo pobre, com muita areia em sua composição.

A diferença básica entre os dois fenômenos está na quantidade de chuva que o local recebe. A primeira conferência das Nações Unidas destinada a discutir o assunto, realizada em 1977 em Nairóbi, no Quênia, definiu a desertificação como "diminuição ou destruição do potencial biológico da terra que poderá desembocar, em definitivo, em condições do tipo deserto". De acordo com a geógrafa Dirce Suertegaray, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o território gaúcho não é uma região afetada por isso. "Ele está localizado numa região de clima subtropical, com precipitação média anual de 1,4 mil milímetros", explica. "Assim, está fora da zona onde o clima é o motivo principal da degradação. Por isso, os areais, no Brasil, são denominados área de atenção especial."

Dirce sabe do que está falando. Há mais de dez anos ela estuda a questão e recentemente organizou e publicou, com colegas, o Atlas da Arenização – Sudoeste do Rio Grande do Sul. Nele, ela mostra que hoje o problema atinge dez municípios daquela região, em torno de Alegrete, Quaraí e São Borja, totalizando uma área de 36,7 km² já arenizados e mais 1,6 km² que segue o mesmo caminho. Dirce também demonstra que o fenômeno é mais antigo do que se imagina. "Povos caçadores-coletores já conviviam com ele há séculos", diz. "Mas isso foi agravado pelo uso inadequado do solo, principalmente pelo cultivo da soja."

Essa é, aliás, a causa da arenização que ocorre em algumas regiões do cerrado, principalmente em Goiás. Segundo o professor Archimedes Perez Filho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a retirada da vegetação nativa e a introdução da cultura da soja, após a utilização do cerrado pela pecuária, vem provocando o assoreamento de rios, como o Araguaia, principalmente nas cabeceiras dos afluentes que o formam, e intensificando a erosão de grandes áreas, um fenômeno que tem acompanhado o processo de arenização. São enormes manchas expostas, oriundas da formação Botucatu, constituídas de areia (grãos de quartzo) e localizadas em diversas áreas do território brasileiro. A ação dos ventos sobre a superfície e a criação extensiva de gado aceleram esse processo, tornando o solo improdutivo e degradado. Pode ser o prenúncio de futuros desertos. 

 

Leitura de Mapas

Saber ler mapas permite que os alunos entendam diversos fatos e
fenômenos que o auxiliam a compreender e atuar em uma determinada
realidade.
Ler mapas é um processo que começa com a decodificação. Para isso,
é necessário que o aluno:

  • · Construa o significado das legendas que representam os dados da

realidade;

  • · Construa e interprete diferentes tipos de gráficos.

  • · Conheça as visões oblíqua, vertical e lateral;

  • · Construa a noção de escala compreendendo que se trata de uma relação

de proporção;

  • · Construa noções de orientação e de localização.

Na leitura de mapas e plantas, é importante que o aluno aprenda a
interpretar as informações e a estabelecer relações. Uma das formas de ajudálo
na construção desta competência é, por exemplo, a produção de um texto
informativo a partir dos dados apresentados.
Como encaminhar uma atividade de leitura de mapa
1ª etapa: Apresentação 
· Organizar os alunos em grupos.
· Explorar os conhecimentos que os alunos têm com relação ao tema ou
título do mapa. 
· Estimular os alunos a explicitarem suas idéias registrando suas
contribuições na lousa.
· Resgatar os conceitos cartográficos (legenda, escala...).
· Distribuir um Atlas para que os alunos possam observar diferentes tipos de
mapas: políticos, físicos, temáticos.
2 ª etapa
· Elaborar diferentes questões para que os alunos possam aprofundar seus
conhecimentos.
Questões que podem contribuir para a interpretação dos mapas
· Questões de suporte:
· Para que servem os Atlas?
· Vocês conhecem outros tipos de Atlas?
· Questões de origem
· Quem elabora um Atlas?
· A quem pode interessar as informações de um mapa?
· Qual o ano em que foi elaborado este Atlas?
· Questões de período
· As informações representadas nos diferentes mapas são sempre
as mesmas?
· Observando mapas de diferentes períodos, quais as mudanças
que ocorreram?

Assim todos  chegarão ao ponto de construir seu próprio texto.